quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Saneamento básico do ES, "gargalo" para o desenvolvimento?

Durante um encontro, ouvi de um palestrante sobre as dificuldades da implantação de novos empreendimentos devido à falta de investimento em tratamento de esgoto e abastecimento de água tratada em algumas regiões e anotei algumas informações interessantes, vamos a elas:

- Vitória ostenta o maior investimento em tratamento de esgoto e rede de água, mesmo não sendo a cidade mais populosa do estado, não é à toa que ouvimos quase diáriamente que será até 2011 a primeira capital com 100% de esgoto tratado, mas outros municípios da Grande Vitória demandam fortemente por investimentos, principalmente no caso de Vila Velha e Cariacica, Vila Velha tem uma demanda que só faz crescer mas esbarra na falta de infra-estrutura, a sua proximidade ao nível do mar torna as coisas ainda mais difíceis já que a agua se apresenta muito mais próxima da superfície do solo e a necessidade de bombeamento da água e esgoto é um item a mais na conta do investidor. Cariacica por sua vez tem terreno mais variado facilitando a execução porém muitas ruas não tem sequer pavimentação quanto mais estrutura de esgoto, outro fator importante é que a falta de demanda percebida pelos grandes empreendedores do mercado imobiliário desestimulam os investimentos na região.
No município da Serra possui uma morfologia mais animadora mas nem por isso deixa de ter problemas pois a grande quantidade de alagados e áreas de proteção exigem soluções adequadas evitando lançar água contaminada nestes locais.
Atualmente o estado atende à necessidade por água tratada em cerca de 99% das habitações da RMGV* e 60% do esgoto, os investimentos que estavam congelados devido à más administrações anteriores foi movido praticamente do zero para cerca de 1 Bilhão de reais até 2011, sei que parece muito mas devido a defasagem entre a demanda do mercado que só cresceu e pretende chegar a cerca de 60.000 unidades até 2013 precisaríamos de cerca de mais 4 bilhões para equilibrar a oferta com a demanda, o município de Serra hoje só atende a cerca de 30%  das demandas por esgoto das empresas imobiliárias que estão construindo no local e como não se pode morar enquanto não se tenha esgoto as próprias empresas precisam custear este tratamento para poderem entregar aos moradores as suas casas e os custos destes investimentos recaem sobre os novos moradores.
Então é preciso que se cobre do nosso novo governador o mesmo ou até maior empenho para que os investimentos continuem crescendo, mais até que a quantidade de habitações previstas para o Estado.

Segue alguns dados:

gráfico mostra o percentual de casas servidas de esgoto e água tratada



Gráfico mostra o percentual de investimento para os municípios da RMGV*


*RMGV - Região Metropolitana da Grande Vitória

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Vitória - das águas

Que Vitória é cercada de água por todos os lados todos nós sabemos mas, na noite desta quinta-feira fui surpreendido pela quantidade de chuva que desabou sobre a Região metropolitana e em especial a nossa Capital, acostumado com os engarrafamentos diários nas horas de "Rush", me deparei com um mega engarrafamento para atravessar o centro da cidade. Quando me deslocava pela região da prefeitura vi o engarrafamento que se prolongava até o INSS e então resolvi ir pela a Av. Marechal Campos que também estava alagada mas consegui atravessar até chegar no Hospital Universitário quando então me deparei com a Av. em frente ao Horto Municipal completamente intransitável para veículos normais e então tive de voltar para a Av. Vitória onde os carros circulavam mais lentos que os pedestres que iam a pé pra casa pois os coletivos não apareciam. quando passei pelo colégio salesiano me deparei com uma árvore gigantesca caída sobre a pista e todos os veículos precisaram retornar e seguir para a Av. Beira-Mar onde uma obra da Prefeitura impedia a circulação de uma pista sobrando apenas a outra para todo o fluxo de carros que precisava atravessar o centro da capital, então após rodar toda a cidade testava novamente no mesmo caminho. Nesta noite então me sobrou tempo para refletir sobre alguns questionamentos sobre aquela situação tipo: mas o que isso pode nos ensinar? qual lição tirar deste episódio? será que a culpa é somente da Prefeitura?
Então postei aqui alguns pensamentos que me ocorreram; em primeiro lugar a prefeitura tem sempre sua parcela de culpa, afinal os problemas se prolongam a vários mandatos e nenhum governante tomou uma providência para diminuir ou sanar o imbróglio, mas minha visão como Arquiteto e Urbanista que pretendo ser me leva a considerações sobre a impermeabilidade do solo, enquanto estava preso no carro observava que a água da chuva não era drenada pelos bueiros pois os mesmos ou estavam entupidos pelo lixo que as pessoas mal educadas jogam ou então não tinham capacidade de vazão da água que vinham tanto da própria rua quanto das casas e lojas colocadas em seu entorno. Então nós como projetistas e pensadores das residências precisamos recriminar a cultura dos calçamentos desnecessário, a ignorância e ás vezes até a preguiça, sim pois certa vez tentei convencer um cliente de que a área permeável era necessária e a justificativa foi de que área permeável dá trabalho, lama, folhas e etc. pura preguiça de varrer um quintal, não sabendo que sua atitude contribui para o prejuízo de todos nós além de que um jardim bem projetado contribui para o aspecto paisagístico de uma Cidade, seu colorido melhora nossa percepção visual e contribui para a diminuição do calor irradiado refletido pelas superfície de concreto e asfalto.
Então pessoal, oriente seus pais, parentes e amigos que estiverem construindo ou reformando a seguirem as normas municipais de permeabilidade pois estarão assim contribuindo para uma Cidade muito melhor para todos.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Arquitetura - Domingos Bongestabs e a desumanização da Arquitetura

Nesta noite de terça-feira, após um feriado chuvoso, tivemos a oportunidade de assistir uma excelente palestra com o Arquiteto Domingos Bongestabs professor titular da Universidade Federal do Paraná e da Pontifícia Universidade Católica do Paraná na área de Conforto Ambiental e Planejamento Arquitetônico, na palestra ministrada na FINAC o arquiteto teve seu foco principal apontado para a desumanização atual da arquitetura, achei interessante comentar aqui pois o espaço cabe também a este fim. Na opinião dele, a qual compartilho, a arquitetura atual persegue apenas a sua forma, o seu espaço de destaque, os famosos números, e se esquece de olhar as necessidades do dia-a-dia das pessoas, do espaço comum, do viver em grupo, aliás coisa que atualmente vem caindo de moda é conviver com os outros pois até admito que o medo (medo de um processo, medo de assalto, medo de ser rejeitado, etç...) cria uma dificuldade de relacionamento entre as pessoas e então os espaços destinados a este fim acabam sendo esvaziados, muitas vezes modificados para abrigar veículos, ou simplesmente abandonadas para servirem de abrigo àqueles que não tem seu espaço privado e cada dia que passa as pessoas se fecham ainda mais no interior de suas casas, saudosistas da época em que brincar na rua era tão comum como jogar vídeo game hoje em dia. Mas e nós arquitetos e urbanistas o que podemos fazer para inverter essa tendência de isolamento que acontece atualmente? será que não podemos restaurar o humanismo ao pensar mais nas pessoas do que na própria edificação? a violência é uma boa desculpa, mas ao abrirmos mão do nosso espaço aos bandidos acabamos sendo coniventes com eles, até os valorizamos mais pois eles passaram a ser donos das ruas e nós apenas  de nossos cúbículos gradeados, será que não devemos tentar inverter essa situação?
Bom, o espaço está aberto à opiniões, e para o pessoal de arquitetura da FINAC serve ao menos de base para discussões em sala de aula.

Algumas Obras do Arquiteto Domingos Bongestabs:

 Ópera de arame - Teatro localizado em Curitiba-PR

Universidade Livre do Meio ambiente

Outros trabalhos

  • O Centro de Pesquisas da Copel, ou "Chapéu Pensador", no bairro Champagnat;

  • Inúmeras residências e projetos institucionais de porte;

  • Parques e praças: Praça 29 de Março, Praça do Atlético,Parque Reinhardt Maak, Parque Chico Mendes, Parque da Barrerinha;

  • Portal da Copel e Portal do Parque Barigui, entre outros.

  • Central Telefônica das Mêrces - EMBRATEL - PR;

  • Em Brasília, o arquiteto desenvolveu o projeto do Edifíco da Polícia Federal, junto com os arquitetos Marcos Prado e Jaime Lerner;

  • Foi participante do Plano Diretor de Curitiba, em 1965;

  • Espaço das Américas, Foz do Iguaço, Paraná;

  • Câmara Municipal de Castro, Paraná;

  • Museu Regional do Iguaçu na Usina Hidrelétrica Gov. Ney Braga - COPEL , em Reserva do Iguaçu (1999).


  • Fonte:wikipedia

    segunda-feira, 15 de novembro de 2010

    Archicad - No início perseverança é tudo

    Ao iniciar o uso do Archicad, tive de abrir mão de muita coisa que sabia sobre Autocad pois o modo de operá-lo é diferente, a interface e o conceito de "edifício virtual" é totalmente inovador, coisa que o autocad não proporciona. Eu costumo dizer aos colegas que existe uma linha do tempo onde no início temos a caneta Nanquim depois o 2d do autocad e atualmente o 3d do BIM Model, alguns pararam no 2d do autocad e se negam a avançar para outros sistemas e com isso ficam parados no tempo, bem cada um sabe o que é melhor pra si, para aqueles que querem passar para o 3d model, ofereço algumas dicas e resposta a algumas dúvidas que podem incentivar aqueles que tem dificuldades.

    Vou iniciar falando sobre a configuração de unidades, pois ao abrirmos o programa pela primeira vez, devemos configurar as unidades que utilizaremos no nosso desenho.

    CONFIGURAÇÃO DAS UNIDADES (WORKING UNITS...):
    Ao iniciar um novo arquivo, é importante configurar as unidades utilizadas (mm,cm, m, etc.)
    então localize na barra de menus a opção "options/projects Preferences"
    no menu working units configure a unidade de trabalho, layout e angulos.
    depois volte ao menu options / project preferences e configure as dimensões:
    após as dimensões, configure as unidades de medida e calculo de áreas:
    Bom, agora já é possível dar início às outras etapas de configuração, mas que ficam para outro post.

    Obrigado!

    Olá ! Bem vindos ao Archidicas

    Bem pessoal, a pedido dos meus colegas de faculdade, estou criando este blog para auxiliá-los a conhecer melhor o programa Archicad, aqui tentarei esclarecer algumas dúvidas para aqueles que pretendem iniciar o uso desta poderosa ferramente de desenho assistido por computador (CAD).
    Para quem não o conhece indico que entre no site do fabricante: http://www.graphisoft.com/ ou no site de um de seus representantes no Brasil : www.piniweb.com.br/empresa/software/archicad-128462-1.asp onde você poderá adquiri-lo.