Nesta noite de terça-feira, após um feriado chuvoso, tivemos a oportunidade de assistir uma excelente palestra com o Arquiteto Domingos Bongestabs professor titular da Universidade Federal do Paraná e da Pontifícia Universidade Católica do Paraná na área de Conforto Ambiental e Planejamento Arquitetônico, na palestra ministrada na FINAC o arquiteto teve seu foco principal apontado para a desumanização atual da arquitetura, achei interessante comentar aqui pois o espaço cabe também a este fim. Na opinião dele, a qual compartilho, a arquitetura atual persegue apenas a sua forma, o seu espaço de destaque, os famosos números, e se esquece de olhar as necessidades do dia-a-dia das pessoas, do espaço comum, do viver em grupo, aliás coisa que atualmente vem caindo de moda é conviver com os outros pois até admito que o medo (medo de um processo, medo de assalto, medo de ser rejeitado, etç...) cria uma dificuldade de relacionamento entre as pessoas e então os espaços destinados a este fim acabam sendo esvaziados, muitas vezes modificados para abrigar veículos, ou simplesmente abandonadas para servirem de abrigo àqueles que não tem seu espaço privado e cada dia que passa as pessoas se fecham ainda mais no interior de suas casas, saudosistas da época em que brincar na rua era tão comum como jogar vídeo game hoje em dia. Mas e nós arquitetos e urbanistas o que podemos fazer para inverter essa tendência de isolamento que acontece atualmente? será que não podemos restaurar o humanismo ao pensar mais nas pessoas do que na própria edificação? a violência é uma boa desculpa, mas ao abrirmos mão do nosso espaço aos bandidos acabamos sendo coniventes com eles, até os valorizamos mais pois eles passaram a ser donos das ruas e nós apenas de nossos cúbículos gradeados, será que não devemos tentar inverter essa situação?
Bom, o espaço está aberto à opiniões, e para o pessoal de arquitetura da FINAC serve ao menos de base para discussões em sala de aula.
Algumas Obras do Arquiteto Domingos Bongestabs:
Ópera de arame - Teatro localizado em Curitiba-PR
Universidade Livre do Meio ambiente
Outros trabalhos
O Centro de Pesquisas da Copel, ou "Chapéu Pensador", no bairro Champagnat;
Inúmeras residências e projetos institucionais de porte;
Parques e praças: Praça 29 de Março, Praça do Atlético,Parque Reinhardt Maak, Parque Chico Mendes, Parque da Barrerinha;
Portal da Copel e Portal do Parque Barigui, entre outros.
Central Telefônica das Mêrces - EMBRATEL - PR;
Em Brasília, o arquiteto desenvolveu o projeto do Edifíco da Polícia Federal, junto com os arquitetos Marcos Prado e Jaime Lerner;
Foi participante do Plano Diretor de Curitiba, em 1965;
Espaço das Américas, Foz do Iguaço, Paraná;
Câmara Municipal de Castro, Paraná;
Museu Regional do Iguaçu na Usina Hidrelétrica Gov. Ney Braga - COPEL , em Reserva do Iguaçu (1999).
Fonte:wikipedia
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